Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira: participação da FAB em missões humanitárias

Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira: participação da FAB em missões humanitárias

Você sabia que no dia 23 de outubro é celebrado o dia do aviador e da Força Aérea Brasileira? Relembre neste artigo que o Estratégia Militares preparou para você os principais fatos históricos e a participação da FAB em missões humanitárias.

O Ministério da Aeronáutica foi criado no dia 23 de outubro de 1941 por meio do decreto-lei 4.881 e unificou a aviação militar brasileira que era dividida entre o Comando de Aviação do Exército e o Comando da Força Aeronaval

A data é referência ao primeiro voo do mais pesado que o ar, o conhecido 14 bis, pelo pai da aviação, Alberto Santos-Dumont, que decolou do campo de Bagatelle, na França, em 1906.

A Força Aérea Brasileira tem no seu histórico diversas ações e participações em missões humanitárias que entraram para a história da aeronáutica brasileira e da cooperação internacional. 

O início da participação brasileira em missões humanitárias

Há 74 anos, no início de 1947, o Brasil enviou três observadores militares para a Grécia. Eles compuseram uma missão das Nações Unidas, precursora ao Comitê Especial da ONU para os Bálcãs, cuja experiência resultou em lições aproveitadas pelas missões de manutenção da paz que se seguiram.

Um ano mais tarde, em 29 de maio de 1948, observadores foram enviados para monitorar o acordo de cessar-fogo árabe-israelense naquela que se consagrou como a primeira missão de paz das Nações Unidas. O episódio motivou a escolha da data como o Dia Internacional dos Peacekeepers.

A FAB possui grande experiência na participação de missões humanitárias. Em 2007, a Força Aérea atuou ao lado das Forças Armadas Chilenas com dois helicópteros H-60 Black Hawk, que levaram comida para as vítimas de um tsunami que atingiu o Chile.

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Missões humanitárias no Haiti

O KC-390 Millenium foi utilizado pela primeira vez em missão humanitária para o Haiti em 2021. A aeronave foi empregada após a ocorrência de um terremoto de 7,2 graus de magnitude e da passagem do ciclone tropical Grace, transportando Bombeiros Militares, equipamentos, materiais e insumos de emergência médico-sanitários.

Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti – MINUSTAH

No ano de 2004, a Força Aérea Brasileira pousou pela primeira vez em território haitiano com o KC-137 (Boeing 707). A aeronave transportava tropas e suprimentos para a implantação dos militares brasileiros na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH).

Porém, a participação da FAB atingiu outras dimensões a partir de 2010, ano em que o Haiti sofreu um terremoto de alta magnitude. Foram aproximadamente 316 mil vítimas, entre elas 22 brasileiros, sendo que 18 eram militares que atuavam na missão.

O Brasil foi o único país da América do Sul que sempre utilizou suas próprias aeronaves militares para a movimentação de tropas e cargas no Haiti. Com o terremoto que devastou a ilha caribenha, a FAB empregou as aeronaves KC-137, o C-130 Hércules, o C-105 Amazonas, o C-99 e o C-767.

Até o ano de 2010, a atuação da FAB era em forma de rodízio com outros países participantes da MINUSTAH, mas tornou-se permanente após essa data. Além disso, chegou a ter uma ponte-aérea entre o Brasil e o Haiti durante seis meses consecutivos. Foram realizados 219 voos, contabilizando mais de quatro mil horas de voo.

A missão foi palco também do transporte e instalação de um Hospital de Campanha (HCAMP), três dias após o terremoto. O HCAMP realizou 11 mil atendimentos durante os primeiros cinco meses instalados  em território haitiano.

Juntamente com as tropas do Exército Brasileiro e os Fuzileiros Navais, a FAB enviou cerca de 300 militares da tropa de infantaria, com a missão de atuarem como policiais da aeronáutica e de promoverem a segurança das instalações militares e dos aeródromos do país.

O fim da participação brasileira na MINUSTAH foi iniciado em agosto de 2017, com a desmobilização da estrutura e retorno das tropas para o Brasil. Porém, o Haiti segue até os dias atuais com assessores e observadores militares brasileiros pela Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de fiscalizar e apoiar politicamente e juridicamente a reestruturação do país.

Militares nas missões humanitárias no Haiti
Militares brasileiros integrantes da MINUSTAH

Acidente da Chapecoense na Colômbia

A Força Aérea Brasileira teve atuação importante no transporte das vítimas do acidente aéreo de 2016 que vitimou integrantes do time da cidade de Chapecó, em Santa Catarina. Foram empregados mais de 30 tripulantes, três aeronaves C-130 Hércules e um C-99B para o transporte das urnas funerárias para o Brasil.

Missões humanitárias contra os incêndios no Chile

No ano de 2017, a FAB disponibilizou a aeronave C-130 Hércules equipada com um módulo de combate a incêndio em voo e seus militares para combater os incêndios que atingiram a região de Bío-Bío, no Chile. 

O C-130 Hércules que possui a capacidade de lançar 12 mil litros de água pressurizada, junto a ajuda de outras aeronaves como o 747 SuperTanker e o IL-76 lançaram ao todo cerca de 500 mil litros de água.

Missão humanitária em Brumadinho (MG)

A FAB marcou presença nas ações de resgate das vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de minério. O acidente atingiu as populações do distrito de Córrego do Feijão e das cidades dependentes da bacia do Paraopeba e do São Francisco.

A Aeronáutica, por meio do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1ºGCC), unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), deu suporte e garantiu a segurança das aeronaves envolvidas nos resgates. A missão contou com a participação de 70 militares e coordenou mais de 8.800 movimentos aéreos na região.

Missões humanitárias em Moçambique

Em 2019, o ciclone Idai atingiu Moçambique, país localizado no leste africano. A FAB empregou duas aeronaves C-130 Hércules, que transportaram mais de 20 toneladas de materiais, além de 40 militares da Força Nacional de Segurança e dos Bombeiros Militares de Minas Gerais para ajudar no resgate das vítimas.

Missão de ajuda humanitária ao Líbano

No ano de 2020 foram transportados para Beirute, capital da República Libanesa, cerca de seis toneladas de cargas, entre medicamentos, alimentos e equipamentos de saúde, para as vítimas da explosão do gasoduto que vitimou dezenas de libaneses. 

Missões humanitárias de repatriação de brasileiros na China e no Peru

No ano de 2020, com a pandemia da COVID-19, a FAB foi designada a repatriar os brasileiros que estavam na China e no Peru e que foram impedidos de retornar ao Brasil. As missões contaram com a participação de militares dos esquadrões de saúde capacitados para realizarem a defesa química, biológica, radiológica e nuclear.

A primeira missão teve como destino a cidade de Wuhan, na China e a segunda missão com destino a cidade de Cusco, no Peru. 

Curiosidade

Entre 2020 e 2021 foram inauguradas as Estações Radar de Corumbá, Ponta Porã e de Porto Murtinho, localizadas no estado do Mato Grosso do Sul. O radar agrega as tecnologias de vigilância aérea mais avançadas do mundo e visa detectar e interceptar aeronaves suspeitas em voos de baixa altitude.

Então, você sabia de todas essas participações da FAB em missões humanitárias? Se você tem o sonho de ser militar de carreira da Força Aérea Brasileira, acesse o Banco de Questões do Estratégia Militares! Clique no banner abaixo e conheça os cursos preparatórios! Vem ser coruja! 

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