Revoltas Coloniais: causas, principais revoltas e mais!

Revoltas Coloniais: causas, principais revoltas e mais!

Quer sair na frente do concorrente!? Então, confira o artigo que o Estratégia Militares preparou para você! Aqui, você encontrará o que há de mais importante sobre as Revoltas Coloniais, um dos principais assuntos cobrados pelos concursos militares. Acompanhe e descubra tudo!

Quais as principais revoltas coloniais?

Antes de vermos as principais revoltas coloniais no Brasil, é necessário saber que as revoltas desse período dividem-se em Revoltas Nativistas e Revoltas Separatistas, confira abaixo a definição dessas classificações.

Revoltas Nativistas: definidas como uma série de conflitos entre colonos, geralmente pela defesa de privilégios por parte dos membros da elite colonial. Aqui, não há o sentimento de separação nem o nacionalismo. 

Revoltas Separatistas ou Emancipacionistas: caracterizadas por um forte apelo de separação da Metrópole (Portugal). Nessas revoltas, há a presença do nacionalismo, ainda que diferente do conceito presente nos dias atuais.

Quadro resumo

REVOLTASNATIVISTASSEPARATISTAS
DIFERENÇANão busca o fim do regime colonialPrega a independência em relação a Portugal
PRINCIPAISBeckman, Emboabas, Mascates e Filipe dos SantosInconfidência Mineira e Conjuração Baiana
Revoltas Coloniais

Quais as causas das Revoltas Coloniais?

Para entender o motivo das Revoltas Coloniais no Brasil, é preciso saber como era o regime político-econômico vigente na época, a saber: o Pacto Colonial.

O Pacto Colonial é o elemento que define a política colonial dos Estados Mercantilistas. O funcionamento dessa prática é baseado em um sistema de “troca desarmônica” entre a Metrópole e a Colônia, por isso, mercantilismo. Resumidamente, a Colônia serve apenas como um meio que abastece as necessidades da Metrópole.

Pacto Colonial

Agora que o motivo pelo qual surgiram as revoltas está evidente, vejamos as principais causas de cada uma das revoltas:

Revoltas Nativistas: 

  • Aclamação de Amador Bueno (SP): pelo aumento da pressão de Portugal sobre a colônia brasileira;
  • Insurreição Pernambucana (PE): para expulsar os Holandeses, nela ocorreu um sentimento de união que está relacionado ao surgimento do Exército Brasileiro;
  • Guerra dos Bárbaros (BA): índios (cariris) se revoltam contra a ocupação de suas terras;
  • Revolta dos Beckman (MA): irmãos Beckman contra a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão e os jesuítas;
  • Guerra dos Emboabas (MG): conflito pela dominação do território para exploração de ouro;
  • Guerra dos Mascates (PE): conflito entre Olinda e Recife (mascates), por esta ter sido elevada à categoria de vila;
  • Revolta de Filipe dos Santos (Vila Rica-MG): devido a instalação das Casas de Fundição que exploravam de forma abusiva o ouro circulado na colônia;
  • Guerra Guaranítica (RS): por causa do Tratado de Madri que, por meio do Uti Possidetis estabelecido por Alexandre Gusmão, estabelecia as posses de Sacramento e dos 7 Povos, a Espanha e Portugal, respectivamente.

Revoltas Emancipacionistas:

  • Inconfidência Mineira (Vila Rica-MG): elite incentivada pela Derrama, dispositivo fiscal para cobrança de imposto;
  • Conjuração Baiana: popular, única revolta que visava o fim da escravidão;
  • Revolução Pernambucana: elitista, criou um governo provisório independente de Portugal. 

Revoltas Coloniais no Brasil 

Revoltas Nativistas:

  • Aclamação de Amador Bueno (1641-SP): Portugal em crise, após a onerosa União Ibérica, intensificou os impostos sobre os colonos. O povo revoltou-se e elegeu um líder. Mas, esqueceram de um detalhe: avisá-lo. Amador Bueno disse que não sabia de nada e renunciou ao posto. 
  • Insurreição Pernambucana (1645-1654 em PE): o fim do Período de Nassau foi uma das consequências negativas advindas do fim da União Ibérica. Com o aumento da pressão holandesa, surge um sentimento comum que resulta nas Batalhas de Guararapes e na expulsão dos holandeses.
  • Guerra dos Bárbaros (1687-1720 no Nordeste): conflito marcado como um dos vários movimentos de resistência indígena à dominação portuguesa. Nele, a Confederação dos Cariris, composta pelas nações Cariris e Tarairiú, foi dizimada pelas forças portuguesas.
  • Guerra dos Emboabas (1708-1709 em MG): disputa entre forasteiros (emboabas) e paulistas pelo domínio de exploração do ouro. Líderes: Borba Gato (paulista) e Manuel Nunes Viana (forasteiro). Ressalta-se o Capão da Traição como a ação na qual os paulistas foram massacrados.
  • Guerra dos Mascates (1710-PE): conflito entre os comerciantes enriquecidos de Recife e os senhores de engenho empobrecidos de Olinda. O estopim da revolta foi a elevação de Recife à Vila.
  • Revolta de Filipe dos Santos ou de Vila Rica (1720): ocorreu devido à recriação das Casas de Fundição. Filipe dos Santos liderou o movimento em prol de seu fechamento. No final, falhou e foi condenado à morte.
  • Guerra Guaranítica (1753-RS): marcada pelo polêmico Tratado de Madri. Portugal fica com os 7 Povos e a Espanha fica com Sacramento. Mas, no meio do caminho, havia indígenas que habitavam na região dos 7 Povos. Ao resistirem ao domínio português e espanhol surge a Guerra Guaranítica. 

Revoltas Separatistas: 

  • Inconfidência Mineira (1789-Vila Rica): influenciados pela expectativa da derrama, os inconfidentes revoltaram-se. Entretanto, devido à delação de Joaquim Silvério dos Reis, o movimento não evoluiu. Tiradentes, dentista das Forças Armadas, é o grande personagem a ser lembrado.
  • Conjuração Baiana ou dos Alfaiates (1798-BA): é considerada a mais importante das revoltas devido às suas reivindicações de cunho popular. A libertação dos escravizados foi uma de suas principais bandeiras.
  • Revolução Pernambucana (1817-PE): foi a única dentre as Revoltas Separatistas a ter o projeto que foi efetivamente aplicado. A criação do governo provisório de Pernambuco foi o principal desfecho do movimento.

Exercícios

1.(EsPCEx) A decisão de Portugal de recriar as Casas de Fundição, por onde todo o ouro extraído deveria obrigatoriamente passar, é o motivo da:

a) Guerra dos Emboabas.

b) Guerra dos Mascates.

c) Insurreição Pernambucana.

d) Revolta de Vila Rica. 

e) Inconfidência Mineira.

2.(EsPCEx) As causas da Conjuração Baiana (1798) estão relacionadas com:

a) contradições sociais e agravamento da escassez de alimentos, uma vez que a área de plantio para subsistência diminuiu diante do avanço da lavoura canavieira.

b) reações contra os privilégios comerciais lusitanos na região e o interesse da Inglaterra no monopólio do comércio.

c) aumento de impostos, que generalizou a insatisfação de toda a sociedade para com a metrópole, desde a alta aristocracia até as camadas mais populares, fazendo subir as tensões coloniais.

d) conflitos entre colonos e jesuítas, decorrentes da utilização de escravos indígenas nas plantações da região.

e) a prisão de oficiais das unidades militares da região, com a finalidade de impedir manifestações contra o rigor do fiscalismo português.

3.(Colégio Naval) Leia o texto a seguir.

Em 1682, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão, com o objetivo de controlar os atritos entre fazendeiros e religiosos na disputa pelo trabalho indígena, mais barato que o africano, e incentivar a produção local. A companhia venderia aos habitantes do Maranhão produtos europeus, como azeite, vinho e tecidos, e deles compraria o que produzissem, como algodão, açúcar, madeira e as drogas do sertão, para comercializar na Europa. Também deveria fornecer à região quinhentos escravos por ano, uma fonte alternativa de mão de obra, diante da resistência jesuítica em permitir a escravidão de nativos. Os preços cobrados pela companhia, entretanto, eram abusivos, e ela não cumpria os acordos, como o fornecimento de escravos.

O texto acima descreve uma situação que colaborou para o acontecimento de um conflito, no período colonial brasileiro ocorrido na segunda metade do século XVII, que ficou conhecido como

a) Revolta de Beckman.

b) Guerra dos Mascates.

c) Guerra dos Emboabas.

d) Revolta de Felipe dos Santos.

e) Revolta de Amador Bueno.

Gabarito: 1-D; 2-A; e 3-A.

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